Depressão

O QUE É?

O transtorno depressivo maior, comumente conhecido como depressão, é uma condição mental debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. caracterizada por diversos sintomas, relacionado ao afeto (tristeza, ansiedade, anedonia), vontade (avolia), cognição (sentimentos de desvalia, desesperança, culpa inapropriada, ideação suicida), atividade psicomotora (agitação ou lentificação psicomotora, fadiga, falta de energia) e funções neurovegetativas (alteração do sono e apetite).


Para o diagnóstico tais sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase todos os dias e ter duração mínima de duas semanas.

Eventos de vida específicos têm sido associados a um risco maior de depressão, como separação conjugal, menor nível educacional, desemprego, dificuldades financeiras e histórico de traumas na infância. Em contrapartida cuidados parentais positivos tem efeitos protetores ao longo da vida.


Geralmente seu curso é crônico e recorrente. Está associado a incapacitação funcional e prejuízo na saúde física. Os pacientes deprimidos apresentam limitação de suas atividades e prejuízo no bem-estar, com maior frequência utilizam mais serviços de saúde



EPIDEMIOLOGIA:

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 264 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo. Que 17% da população brasileira desenvolverá um quadro depressivo ao longo da vida e 7,1% no último ano. É mais comum em mulheres (2:1), A depressão geralmente surge no começo da vida adulta entre 24 e 25 anos; no entanto, a depressão pode começar praticamente em qualquer idade, incluindo durante a infância.



COMORBIDADES:

O transtorno depressivo está mais frequentemente associado a outras condições de saúde mental, como transtorno de ansiedade generalizada (19,9%), transtorno do pânico (11,1%), transtorno de ansiedade social (9,9%), transtorno de estresse pós-traumático, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de personalidade, transtornos alimentares e abuso de substâncias. É essencial abordar e tratar essas comorbidades em conjunto com a depressão para melhora do quadro clínico.



TRATAMENTO:

O tratamento da depressão pode envolver uma abordagem multidisciplinar que inclui intervenções farmacológicas e não farmacológicas. Após o diagnóstico, o tratamento é dividido em fases, como fase aguda, fase de continuação e fase de manutenção. Alguns pacientes terão alta, enquanto outros necessitarão de tratamento ao longo da vida.


Os antidepressivos são a primeira linha de tratamento, podendo ser usadas outras classes como estabilizadores de humor e antipsicóticos atípicos para potencialização e tratamento de comorbidades. A escolha do antidepressivo é baseada nas informações trazidas e nas condições apresentadas, levando em conta a aceitação do paciente, tolerância e custo.


Outros pontos importantes para a escolha da medicação são uma boa resposta prévia e tolerância a efeitos adversos, sintomas associados ao quadro depressivo, comorbidades e a gravidade. Para casos graves e com presença de ideações suicidas, temos ainda a eletroconvulsoterapia (ECT) e o uso de Cetamina/Escetamina, que vêm sendo cada vez mais utilizados na prática psiquiátrica pela resposta positiva e rápida aos sintomas depressivos.


Além disso, terapia cognitivo-comportamental, outras linhas de psicoterapia e práticas de autocuidado, como exercício físico regular, sono adequado, bons hábitos alimentares e relacionamentos interpessoais saudáveis possuem um papel crucial no tratamento da depressão.


É fundamental que os indivíduos que estão lutando contra a depressão busquem ajuda profissional e apoio adequado.

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