O QUE É?

O TAG é um transtorno caracterizado por ansiedade e preocupações claramente excessiva, invasiva e de difícil controle. Causando sofrimento, prejuízos ou incapacitações na vida do indivíduo.

A preocupação excessiva pode ser acompanhada por inquietação, sensação de nervos a flor da pele, fadiga, distraibilidade, sensação de “branco” na mente, irritabilidade, tensão muscular, perturbação no sono, além de outros sintomas somáticos (dor de cabeça, tremor, náusea, palpitação).

Para fechar o diagnóstico é necessário a presença dos sintomas aqui relatados, presenta na maior parte dos dias, por um período mínimo de 6 meses, trazendo sofrimento e prejuízo a vida do paciente.

EPIDEMIOLOGIA:

Importante trazer que é um dos transtornos mais comuns, pode ser crônico ou intermitente, apresentando uma prevalência ao longo da vida em torno de 5,1% a 11,9% e entre 3% e 8% em 12 meses. Tende a ser 2 vezes mais comum em mulheres e seu início geralmente ocorre no final da adolescência/início da vida adulta ou por volta dos 30 anos. Parece estar relacionado a traumas de vida, fatores genéticos e alterações neurobiológicas, não tendo somente uma causa específica.

COMORBIDADES:

É provável que o TAG seja o que coexiste com maior frequência com outro transtorno mental, especula-se que entre 50% e 90% tenham outro diagnóstico psiquiátrico, estudos sugerem que 3 em cada 5 pacientes com TAG vão apresentar Depressão, 25% Transtorno do Pânico, Transtorno de ansiedade Social, Fobias específicas, Transtorno por uso de Substância e Transtornos de Personalidade.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM DOENÇAS CLÍNICAS:

Muitas queixas costumam ser confundidas com quadro de doenças físicas, fazendo com que muitas vezes os pacientes demorem mais de 1 ano para um correto diagnóstico, levando, com frequência, a exame e gastos desnecessários. Importante ser excluído hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, prolapso de válvula mitral, ASMA, doenças pulmonares, disfunções vestibulares e algumas outras doenças.

TRATAMENTO:

Podemos dividir o tratamento em 2 linhas que são a não farmacológica e farmacológica. São considerados fármacos de 1° linha ISRSs, IRSNs e Pregabalina, podendo ser utilizado também BZD’s, ADT’s, outros Antidepressivos, anticonvulsivantes, buspirona, Hidroxizina e AP’s. A escolha da medicação deve ser individualizada e levar em consideração particularidades do paciente, como preferência, comorbidades, custo, acessibilidade, efeitos colaterais e uso prévio com boa resposta e tolerância.

A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), também é tido como 1° linha de tratamento, e outras medidas não farmacológicas incluem mindfulness, exercícios respiratórios, atividade física regular, Yoga, Tai-Chi e Acupuntura.

Não há um consenso sobre a duração do tratamento, alguns estudos sugerem que um 1° episódio seja tratado entre 6 a 12 meses após remissão total dos sintomas, caso paciente tenha 2 recaídas após suspensão do tratamento, deve ser considerado tratamento contínuo.